A hora do vidro
(O vidro laminado vermelho contrasta com os acabamentos brancos deste banheiro projetado pelas arquitetas cariocas Anna Backheuser e Elaine Fachetti (Ateliê de Arquitetura). A chapa de 8 mm com PVB colorido no meio foi usada na prateleira sobre a bancada (0,15 x 2,20 m) e no painel fixo (0,80 x 2,20 m), que dá privacidade ao vaso sanitário. Execução da Cristalplan.)
Laminados: segurança extra Um sanduíche de dois vidros com um filme de PVB (polivinilbutiral) no meio, incolor ou colorido. Essa é a receita desse tipo de vidro, que oferece segurança ao garantir que, em caso de quebra, os cacos fiquem grudados no PVB. "As espessuras variam de 6 a 12 mm, mas é possível fazer placas de até 50 mm", diz Alexandre Rodrigues, promotor técnico da empresa Cebrace. "O PVB barra mais de 99,5% dos raios ultravioletas, protegendo ambientes e móveis do desbotamento, e ainda permite um ganho acústico", destaca Luciano Arruda, da Solutia. É recomendado em guarda-corpos, pisos, coberturas e fachadas.
(Com o fim de captar luz e aquecer a área da piscina, 'parte da cobertura de telhas de concreto deu lugar a estes panos de vidro laminado de 1,45 x 2 m', explica a arquiteta Claudia Bassichetto (Sita e Bassichetto Arquitetos Associados), de São Paulo. O vidro, da Santa Marina Vitrage, tem 10 mm.)('Quem chegava ao apartamento dava de cara com a sala', conta Marcia Rossi, que desenhou esta divisória em parceria com Paulo Barbosa. Os arquitetos paulistanos empregaram duas chapas de vidro laminado 10 mm com PVB. Com 0,10 x 2 x 2 m, a peça fica presa em dois perfis de madeira. No interior, uma camada de 2 cm de sílica evita a umidade. Execução da Floot.)
De onde vem a cor?As empresas processadoras usam três técnicas para colorir o vidro. Nos laminados, a aplicação do filme de PVB, feita sob pressão e em altas temperaturas, é a mais comum. Já a resina, à base de poliéster, é um processo a frio. "Líquida, ela é catalisada com peróxido e se transforma em plástico colorido dentro das duas chapas", diz Fabio Giannattasio, da empresa paulista Effectus. "Na serigrafia, o vidro comum recebe a esmaltação sobre uma tela própria e vai ao forno para a tinta impregnar", conta Geraldo Romano, da empresa Pacaembu, de São Paulo.
(Na reforma, o hall foi delimitado por uma chapa de vidro laminado curvo (15 mm) fixada no piso e no teto por uma estrutura metálica. 'A outra metade desta circunferência (2 m de diâmetro e 2,63 m de altura) é uma porta pivotante revestida de fórmica', conta Marco Donini, arquiteto paulista, que divide a autoria do projeto com Francisco Zelesnikar.)
Como comprar e transportar: Quem adquire qualquer material hoje se preocupa com a certificação. No caso do vidro, existem normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que tratam da aplicação na construção civil. Segundo Silvio Ricardo Bueno, coordenador de normatização da Andiv, "elas são facultativas e as empresas já começam a entender a importância da certificação". Se você pretende investir no produto, compre-o no final da obra, pois não poderá estocá-lo. "O transporte exige veículos próprios e caixas de madeira acolchoadas. Conforme o tipo de vidro, há inclinações específicas e borrachas de apoio, além de um número máximo de placas por pilha", avisa Ricardo Macedo, da Engevidros.
Temperados: resistência maiorSubmetido a um choque térmico, o vidro temperado adquire resistência cinco vezes superior ao comum. Ao quebrar, desmancha-se em pequenos fragmentos pouco cortantes. As espessuras em geral vão de 4 a 12 mm (mas também pode ser encontrado em 15 e 19 mm). Já existe uma certificação (não obrigatória) conferida pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) que garante a conformidade às normas da ABNT para vidros temperados. Deve ser usado em portas, janelas, boxes e em estruturas com função autoportante (de sustentação).
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