Inspire-se em 22 modelos de escadas .

Esse item tira noites de sono de quem vai construir. Que tipo de material? Quantos patamares? Dúvidas como essas somam-se ao medo de errar nas medidas.

Projeto habitacional de baixo custo.

Este tipo de projeto serve de exemplo para demostramos que os aspectos arquitetônicos não só podem ser voltados para as classe A e B.

As boas ideias de piscinas

Para divertir toda a família e arrancar elogios dos convidados as piscinas dão um show a parte, confira a galeria de fotos.

Concreto entre céu e mar.

Linhas puras e elegantes dão forma a este refúgio de fim de semana inserido em uma paisagem exuberante.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A madeira dá o tom no refúgio baiano

Ela aparece nas taubilhas da cobertura, em venezianas que regulam a luz e a brisa, nas passarelas suspensas entre os ambientes e nas pérgulas das áreas externas. E, dos mais diversos jeitos, compõe este refúgio no litoral baiano.


Privacidade, integração com a natureza e madeira, muita madeira. Esses foram os pedidos da família ao arquiteto baiano David Bastos, letrado nas maneiras de empregar esse recurso sem resultar numa construção pesada. Nesta casa num condomínio em Trancoso, a estrutura (proveniente de uma área de manejo sustentável no Pará) prevê trechos abertos, como as passarelas que conectam os módulos, ou fechados sutilmente com venezianas corrediças. Destaque do projeto, a cor da alvenaria externa foi escolhida também em função da madeira. “Este vermelho cor de terra combina com os tons naturais dela”, descreve David. Para ter um amplo espaço de lazer e convivência com privacidade, os donos compraram dois lotes vizinhos. Assim, puderam acomodar 225 m² de deck e 142 m² de piscina. O investimento se pagou: o espaço gourmet, bem próximo à sala de jantar e à cozinha, é o ambiente mais utilizado da casa. Mais uma vez, as esquadrias de peroba-mica se encarregam do fechamento da construção. “Quando o jardim estiver mais maduro, as trepadeiras vão cobrir o pergolado e sombrear a área de refeições ao ar livre”, diz o arquiteto. A escolha do cumaru sem tratamento no deck e na pérgula foi intencional. Espécie de estrutura resinosa, essa madeira resiste bem a fungos, insetos e brocas, mesmo sem proteção depois de instalada. “Gosto do resultado de combinar o cumaru com e sem proteção. Os tons ficam completamente diferentes: o natural, mais acinzentado, o protegido, avermelhado.”


  • A estrutura de cumaru se apresenta logo na entrada da casa. Já o telhado emprega taubilha (JB Madeiras), telha feita com sobras de madeira, recurso tradicional da região. Nas laterais da porta pivotante, o jardim tropical elaborado por Alex Sá faz as vezes de anfitrião. "Os diferentes tons de verde nos arbustos de pleomele e guaimbê ganham cor com as floradas das alpínias", diz o paisagista.


  • O clima rústico da arquitetura se repete nos elementos decorativos.

  • Neste lado da casa, o jardim é peça fundamental para criar espaços reservados.

  • O painel de bambu, com arbustos de dracena à frente e palmeiras e helicônias do lado de dentro, protege as áreas de banho ao ar livre, conectadas às suítes por meio de portas envidraçadas. Piso e bancada de cimento queimado com pó de mármore branco, executado pela Mirante.


  • As áreas íntimas e sociais interligam-se por meio de passarelas, também de cumaru. A madeira recebeu proteção com o verniz Isolare (Montana). Em alguns trechos, o guarda-corpo é substituído por tábuas de 40 cm de largura que servem 


  • Arandelas de cobre (Lustreco) instaladas nas vigas jogam a luz para cima. "Isso destaca o desenho do telhado", diz o arquiteto. Nas paredes de alvenaria, tinta acrílica R112 (Suvinil).

  • Os diversos módulos da construção espalham-se pelo terreno de 3 300 m2, cujo declive foi mantido. "Respeitamos a cota máxima de 5 m de altura em relação ao nível da rua. Quem olha a casa de frente acha que ela é térrea, mas há um pavimento inferior, voltado para a piscina", explica David Bastos. Esse piso dedica-se às áreas sociais, totalmente integradas aos espaços de lazer - por sua vez acomodados em volta da piscina, num deck de cumaru natural, sem tratamento (daí a cor mais acinzentada). Onde a residência tem dois andares, a estrutura de madeira saiu de cena, dando vez ao concreto. Para acompanhar a linguagem das passarelas e escadas, pilares e vigas foram revestidos de chapas de cumaru. As esquadrias, executadas pela Marcenaria Demuner, são de peroba-mica com verniz  

  • A ilha central com bancada de mármore liga a cozinha ao lounge e à sala de jantar. Nesses ambientes, assim como nos quartos, o piso recebeu cimento com pó de mármore branco. Encaixadas num trilho superior de alumínio, as esquadrias de peroba-mica que envolvem este módulo movem-se com segurança e facilidade graças à guia embutida nas soleiras de madeira.

  •  Todas as portas são do tipo camarão com veneziana. As aletas móveis, acionadas manualmente, permitem a entrada de luz e favorecem a ventilação. "Mesmo com as portas fechadas, é possível contemplar a paisagem e sentir a brisa", afirma David.


  • Revestida com piso de cumaru envernizado, a sala de estar conta com instalações de home theater. As caixas acústicas brancas praticamente desaparecem na alvenaria com acabamento de tinta acrílica da mesma cor (Suvinil).


  • O deck em volta da piscina é de cumaru natural, sem tratamento - daí a cor mais acinzentada.



  • A piscina é revestida de pedra natural em placas de 10 x 10 cm, da Palimanan, e oferece aos frequentadores banquinhos de alvenaria submersos. Na lateral do espaço gourmet, dois chuveirões (Deca) servem de opção à piscina. A bancada com churrasqueira, assim como o piso da área coberta, também segue o padrão da parte interna da casa: cimento queimado branco.


Área: 629 m²
Ano do projeto: 2008
Conclusão da obra: 2010
Projeto: David Bastos Arquitetos
Projetos elétrico e hidráulico: AIR Projetos de Instalações
Projeto estrutural: Lúcio Castro
Execução: Mirante Construtora
Paisagismo: Alex Sá Paisagismo




Fonte: Casa.com

Concreto entre céu e mar.

Linhas puras e elegantes dão forma a este refúgio de fim de semana inserido em uma paisagem exuberante.


"Esta casa foi criada para entreter e relaxar", diz o arquiteto italiano Renato D’Ettorre, que vive em Sydney, na Austrália, sobre o projeto que ele assina na também australiana e paradisíaca ilha Hamilton. Com tantas belezas naturais ao redor, o proprietário não fez muitas exigências para seu refúgio de férias e fins de semana, só pediu que houvesse no mínimo três quartos para acomodar a família com conforto e privacidade. Para D’Ettorre, esse foi um trabalho dos sonhos, que lhe deu a oportunidade de usar o elemento natural que mais o inspira: a água. Tal fascínio começou durante a infância, em Abruzzo, na Itália. "Eu ia com a minha família para o campo e sempre admirava os rios, riachos e nascentes, por causa dos sons e dos movimentos", diz. Utilizando a premissa de que cada pedaço de terra é único e especial, o profissional iniciou seu processo de criação fotografando as pedras que havia no terreno. A ideia principal era aproveitar a topografia do lugar sem remover nem alterar as rochas. Entre outras, a ilha Hamilton tem severas restrições às construções - e uma delas é quanto à paleta de cores: todos os imóveis precisam estar em harmonia com a vegetação. Por isso, o branco estava fora das opções. O concreto foi o material eleito para ser, ao mesmo tempo, estrutura e revestimento, resultando em um lindo contraste com as tonalidades da paisagem. Grandes panos de vidro auxiliam na integração da área interna com o exterior, além de suavizar a sobriedade do concreto. Pensando no conforto térmico tanto nos dias mais quentes quanto nos mais frios, D’Ettorre garantiu ambientes agradáveis em todas as estações. Na decoração do piso superior, o branco foi escolhido por transmitir sensação de tranquilidade e frescor - os matizes mais vibrantes são vistos pontualmente em alguns acessórios. Como o piso inferior é a única parte da residência que não recebe luz solar diretamente, foi o local escolhido para a piscina, onde o proprietário e seus convidados podem relaxar no verão. Em harmonia com o desejo do arquiteto de oferecer múltiplas perspectivas da paisagem, uma passarela interna permite vistas de todas as partes da casa.



  • Os grandes vãos, possíveis graças à estrutura de concreto, permitem que a natureza se integre aos ambientes da casa - como na área social junto à piscina, que é um dos espaços de relaxamento e contemplação. A extensa porta de correr, quando fechada, auxilia no conforto térmico nos dias mais frios. O pufe Orange, a mesa Grey Island e o tapete Sahara são da marca italiana Paola Lenti.

  • O azul-turquesa da raia que cerca a área de estar se mistura com o tom do oceano. A decoração colorida aquece o ambiente, em contraste com a frieza do cinza e dos painéis de vidro
  • A escada dá acesso à piscina e a passagem transparente acima liga os dois blocos da casa.

  • Detalhe da escada que conecta os diferentes níveis da construção e um dos jardins aquáticos que emolduram a casa.


  •  Mesa de jantar desenhada pelo arquiteto Renato D’Ettore e cadeiras Hola, de Hannes Wettstein, para a Cassina. O mármore travertino foi escolhido não só por harmonizar com o concreto mas também por sua textura e sua cor serem agradáveis nos dias quentes.


  •  É possível enxergar a parte interna da piscina e confundi-la com o mar graças à lateral de vidro. No solário, mobiliário branco de Gandia Blasco: mesa Pada Baja, da coleção Na Xemena, e bancos da coleção Saler.


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