sábado, 11 de junho de 2011

Policarbonato: conheça a versatilidade do material nestes quatro projetos

Antes restrito a usos modestos, ele agora brilha em projetos arrojados. Leve e resistente, ganha pontos onde transparência e proteção não podem faltar.




Esse termoplástico moldável vem em chapas compactas (semelhantes ao vidro laminado), alveolares (com colchão de ar e aspecto de vidro canelado) ou no formato de telha. Existem hoje modelos com filme reflexivo, metalizados ou com proteção UV - para melhor conforto térmico. "Estes refletem até 55% do calor", explica Marco Villafranca, técnico do fabricante carioca Replaex. Segundo Everaldo Marques Medeiros, gerente do departamento técnico do distribuidor paulista Vick, o material é 250 vezes mais resistente a impacto que o vidro na mesma espessura e 50% mais leve (chapas alveolares pesam menos de 10% que o vidro). Inquebrável, autoextinguível (não propaga chamas) e econômico, o policarbonato aparece hoje em propostas elaboradas. "Sua maior potencialidade está no efeito luminoso. Chapas reflexivas dão a sensação de superfície sólida durante o dia e revelam uma sutil transparência à noite", diz o arquiteto Daniel Pollara. "Em fachadas, produz um efeito inusitado e com custo interessante", acrescenta. Por fim, trata-se de um material 100% reciclável.

Fachada em evidência. Ela é coberta por uma pele transparente neste projeto do arquiteto paulista Marcio Kogan. O volume, formado por uma cortina de sete placas frontais de policarbonato alveolar, funciona como filtro.Durante o dia, a luz natural atravessa a superfície. À noite, a caixa torna-se uma lanterna, onde a iluminação interior evidencia a silhueta da escada, que alcança a cobertura através de degraus em balanço.

Elemento móvel. Para ventilar e proteger a área desta piscina, os arquitetos paulistas Antonio Ferreira Junior e Mario Celso Bernardes elaboraram um sistema de cobertura com três folhas retráteis. Formado por placas de policarbonato compactas de 15 mm (Actos) e estrutura metálica tubular oca, ele totaliza 11 m². "É um material leve e muito seguro, já que não quebra", diz Junior. Trabalho da STJ Estruturas Metálicas.
Múltipla escolha. No ambiente ao lado, o arquiteto paulistano Daniel Pollara, do Laboratório de Arquitetura Brasileira, usou placas de policarbonato alveolar leitoso com 6 mm de espessura (Vick) num forro contínuo, com luminárias não aparentes.O material também foi aplicado na cobertura para iluminação natural e nas fachadas frontais e laterais, em painéis na cor prata. "Eles refletem os raios solares e não esquentam o interior", explica Daniel.





Envelope translúcido. Uma caixa externa de policarbonato foi adicionada a este prédio, na Suíça, para acomodar as escadas. O projeto, assinado pelo escritório Dubail/ Begert Architectes, empregou painéis incolores alveolares com 4 cm de espessura e proteção UV para isolamento térmico. Para os guarda-corpos, escolheram-se chapas roxas translúcidas. O material é da Rodeca, representada no Brasil pela Polysolution.








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