Uma cozinha na medida exige questionamento. Antes de dar início a compras e encomendas, gaste tempo analisando seu o seu modo de vida e o da família para não despender mais dinheiro que o necessário. Pense se você precisa mesmo daquela bancada enorme, se gosta de cozinhar tendo os ingredientes à mão, se pode viver sem uma copa. Avalie criteriosamente também o seu gosto. Você adora vermelho, mas será que suportaria tomar café-da-manhã todos os dias em um espçao com essa cor? O estilo de alimentação, a quantidade de pessoas que farão uso da cozinha normalmente e a presença constante ou não de uma empregada cuidando da limpeza são mais variáveis a considerar. Depois disso tudo definido, dimensione os eletrodomésticos e liste os utensílios para chegar ao desenho ideal de mobiliário.
*5 m²: A decisão veio rápido: o ponto de partida da reforma seria eliminar a parede entre sala e cozinha. “Essa configuração é mais prática, e perfeita para conseguir amplitude”, justifica a arquiteta paulista Consuelo Jorge. A proprietária não se preocupou em igualar os pisos: quis o conforto da madeira no living e a facilidade de manutenção das pastilhas cerâmicas no ambiente vizinho. “Criei unidade usando madeira cherry nos armários, e, para minimizar a variedade de acabamentos, repeti as pastilhas nas paredes”, explica Consuelo. Os painéis corrediços, de MDF pintado de branco e vidros serigrafados, servem para delimitar as áreas, mas raramente são fechados – a integração conquistou a moradora
12 m²: O loft ocupado pelos pais é separado do espaço dos filhos nesta moradia. E, para que não falte nada ao casal, a estrutura conta inclusive com uma cozinha, ligada ao quarto. A localização pediu cuidados extras, como o aconchego dado pela madeira. Que a limpeza fosse simples, era outro requisito — porém, sem descuidar da beleza. “O piso de laminado plástico se mostra excelente para ambos os objetivos”, afirma Eduardo Passarelli, que assina o projeto em parceria com Marco Passarelli, ambos de São Paulo. A ilha central reúne as funções de balcão de refeições e bancada de serviço, esta oculta por uma chapa vertical vermelha cheia de estilo, feita de pó de quartzo e granito processado.
16 m²: As salas de estar e jantar somam com a cozinha um vão único de 8 x 9 m. “Em minha casa anterior, eu ficava sozinho preparando os pratos. Aqui fiz questão de integração”, diz o arquiteto Frederico Zanelato, de Mogi das Cruzes, SP. Para não gastar muito com a obra, ele tirou partido de materiais simples. Exemplo disso são os caixilhos de ferro dos armários. Estes se estendem pelas áreas de preparo e refeições e têm prateleiras de MDF revestidas de laminado melamínico, sustentadas por mãos-francesas. O estudo da ventilação natural dispensou a instalação de coifa sobre o fogão embutido na ilha de granito, literalmente o centro das atenções.
20 m²: Uma casa para conviver com os amigos. O pedido do casal definiu os espaços contínuos, marca do já falecido autor Álvaro Hardy, de Minas Gerais. A cozinha não podia escapar à premissa e, aberta para a área social, se mostra prática e elegante, graças ao domínio do granito preto e do aço inox. “Eles se afinam com o assoalho de peroba-do-campo do living”, diz a arquiteta Mariza Machado Coelho, co-autora do projeto. Divisor de áreas, o balcão com cadeiras aramadas funciona como aparador e acomoda confortavelmente quem chega para almoços informais. Panos de vidro junto às bancadas de trabalho permitem a comunicação também com as varandas externas.
17 m²: Com azul-cobalto, pouco usual em cozinhas, os arquitetos Paulo Vilela e Paula Nicolini traduziram a originalidade previstapara este espaço gourmet em São Paulo. Sob a forma de pastilhas de vidro que revestem parte da bancada do fogão e a base dos armários, o tom se aliou ao branco e ao aço inox. Mas, como a composição poderia resultar fria, os profissionais resolveram lançar mão de toques rústicos, impressos no piso de placas de travertino romano, devidamente impermeabilizadas, e no forro de tijolos aparentes. Este tem ainda um vão central, onde duas folhas de vidro deixam passar luz natural, filtrada por tronquinhos de eucalipto.
24 m²: Em vez de restaurante, um refúgio doméstico. “Os proprietários preferem se reunir com os amigos aqui”, diz Luis Fernando Rocco, do escritório Rocco Associados, de São Paulo. Enquanto cozinha, o mestre-cuca não descuida do bate-papo, graças ao balcão que reúne convidados – ele tem base de cumaru, madeira que compõe toda a marcenaria, e tampo de granito preto são gabriel. Para não afetar a estética, optou-se por coifa de bancada, um modelo retrátil, embutido no tampo: o duto de exaustão segue por baixo do piso de mármore carrara.
18 m²: Convivência e dotes culinários nortearam este projeto em São Paulo. “O proprietário fez questão de um espaço amplo e bem montado, pois adora cozinhar”, diz o designer de interiores Fábio Galeazzo. Da reforma comandada por ele, restou apenas o pilar da coluna hidráulica do prédio, ponto de partida para a bancada central onde se instalou o fogão – com coifa de alto poder de exaustão (1 800 m3/h), já que o duto foi inclinado para correr pelo forro de gesso até a saída. Pintadas de laranja, as laterais ganharam nichos e armários. Nos rasgos do forro, lâmpadas embutidas complementam a farta iluminação natural.
19m²: A distribuição eficiente dos elementos básicos fogão,geladeira e pia – foi o mote da solução assinada pelos arquitetos paulistas Maurício Karam e Karin Ricciardi. A pedido do morador, formam um triângulo que torna prático o espaço de visual masculino. Na bancada de granito preto são gabriel, duas alturas distintas servem a propósitos diferentes: usado por quem está de pé, o fogão cooktop fica ergonomicamente a 94 cm do chão. Já a área de refeições, um pouco mais baixa, tem 72 cm – medida exata para a dupla de cadeiras. As paredes receberam tinta acrílica acetinada no lugar de azulejos.
18 m²: Hobby do proprietário, a culinária ganhou espaço nobre neste projeto em que estética e fucionalidade convivem no mesmo plano. A integração com o living, abisoluta determinou o primor em cada detalhe, caso do raro granito amêndola dourado, que se estende pelas paredes e forma bancadas. No bloco maciço que embute o cooktop, a pedra conquista leveza com frisos em baixo-relevo. Já o limite entre as áreas é sutil: “O pé-direito da cozinha mede 2,55 m, enquanto o restante do ambiente tem o gesso rebaixado em 20 cm”, diz a arquiteta Fátima Basto, de Salvador. Pintada de berinjela, a parede do fundo tem nichos para armazenar vinhos.
40 m²: Impossível não reparar no laranja vibrante que cobre as paredes deste espaço gourme tem São Paulo. “A cor alegre combina com o astral festivo de uma cozinha desse gênero, onde a comida é desculpa para encontrar pessoas queridas”, explica a arquiteta Brunete Fraccaroli. Para chegar ao tom, as placas de vidro laminado afixadas à alvenaria foram intercaladas com uma película plástica colorida. “Além de bonito, o material é fácil de limpar e não acumula gordura”, completa Brunete. Para as manobras culinárias, o chef conta com um potente fogão encaixado em uma ilha central, onde ainda há espaço para duas pessoas sentadas.
5 m²: Portas-camarão de alumínio e vidro italiano metalizado são o trunfo deste projeto assinado pelo arquiteto Sidney Quintela, de Salvador. Superatual, a cozinha permanece ora isolada, ora integrada à área social, conforme a abertura das esquadrias. Para os acabamentos, Sidney elegeu o requinte: o piso recebeu mármore branco, em placas de 1,30 x 1,30 m – o tamanho grande diminui a quantidade de emendas e cria maior unidade. Com granito preto absoluto, o arquiteto montou a estrutura e o tampo da bancada de trabalho, que, vista da sala de jantar, parece um bloco maciço. A pedra forma ainda um espelho que resguarda a parede ao lado da pia, coberta de pastilhas de vidro até o teto
24 m²: Ora com copa, ora integrada. Neste projeto em São Paulo, flexibilidade é a pedida. Pensando no uso cotidiano e nas ocasiões especiais, as arquitetas Ana Claudia Marinho Rodrigues e Simone Bigotto demoliram a parede que separava a antiga sala de almoço da cozinha e dispuseram portas pivotantes entre este ambiente agora único e o estar. “A copa tornou-se um curinga: atende às refeições diárias e serve de apoio, fazendo as vezes de bufê ou fornecendo assentos extras quando há convidados. Basta abrir as portas para promover a total integração”, explica Simone
12 m²: Parece sala, mas é cozinha. Revestido de tábuas corridas de peroba-do-campo (com verniz fosco) e pintura branca nas paredes, mesmos acabamentos do restante do apartamento, o ambiente funciona como um prolongamento do living. Idéia do arquiteto carioca Luiz Marinho, que desenhou inclusive os armários, habitados por simpáticos pingüins, e a bancada de refeições para duas pessoas. “Não queria nada padronizado”, justifica. Não por outra razão, ele também traçou a estante onde ficam organizados os livros de culinária. A porta com detalhe vazado acrescenta graça ao conjunto.
13 m²: Sobrepor acabamentos foi a maneira mais rápida de modernizar a cozinha sem grandes quebradeiras. “Os moradores permaneceram no apartamento durante a reforma”, lembra a arquiteta paulista Karina Korn. No piso, placas de granito preto são gabriel com 1 cm de espessura cobriram a cerâmica existente, enquanto folhas de laminado branco esconderam os azulejos das paredes. Menos na copa: como a vontade era setorizar os ambientes, nessa área, clientes e arquiteta preferiram pastilhas de vidro transparentes, que só puderam ser colocadas após a remoção dos azulejos. A divisão é reforçada por um móvel suspenso com 30 cm de profundidade – medida ideal para as louças ali guardadas.
29 m²: Ante o contorno estreito e comprido deste ambiente em São Paulo, a melhor solução foi dispor a copa em uma das extremidades, amparada pela bancada de aglomerado sintético de 7,50 m de comprimento que percorre toda a parede. Outra boa idéia dos arquitetos Claudio Libeskind e Sandra Llovet foi vestir o piso com uma alternativa nobre, mas nem por isso onerosa: cacos de mármore rejuntados com granilite, revestimento de custo reduzido à metade se comparado com o uso do material em placas. O aspecto leitoso dos vidros dos armários deve-se ao PVB (polivinil butiral), película plástica que forma uma camada intermediária em chapas laminadas como as utilizadas nesta proposta.
18 m²: Sob medida para a família, a mesa de 1,20 x 0,70 m acomoda o casal de moradores e seus dois filhos pequenos na área de refeições, demarcada por uma parede revestida de réguas de teca. A madeira, naturalmente resistente à umidade, teve o reforço de uma camada de verniz poliuretânico fosco no projeto dos arquitetos Mário Figueiredo e Aline Cangussú. Como a gastronomia está sempre em alta nesta casa em Salvador — ao redor do fogão ou da churrasqueira anexa à cozinha —, os ambientes se comunicam por meio de portas de correr com perfis de PVC e vidros esverdeados que diminuem a incidência de sol na área interna
1 comentários:
Sou da Editora Magma Cultural e estou precisando dos telefones destes arquitetos que fazem espaços gourmets. Estou produzindo um livro, muito legal, e gostaria da de enviar o projeto para eles para ver interesse em participar com um projeto.
Tenho pressa !
enviar email com fone para KATHRYN
editorial@magmacultural.com.br
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