* Projetado pela construtora Emmar e desenhado pela empresa americana Skidmore, Owings & Merrill, responsável pela construção do Jin Mao Tower, o quinto maior prédio do mundo, o Burj Dubai custará US$ 900 milhões aos cofres da sul-coreana Samsung, que venceu a licitação pública para a construção do edifício. As dimensões exatas do gigante de concreto são mantidas em sigilo. Os especialistas calculam que ele passe dos 700 metros de altura.
O número de andares também não é exato. A princípio falou-se em 123, mas, da maneira como foi projetada, a torre pode ganhar mais andares durante a construção. Todo esse mistério gerou um bolão de apostas. Há quem diga que o prédio ultrapassará os 150 andares, isso porque, na visita à obra, alguns convidados viram um modelo de elevador com 189 botões, um para cada andar.
O prédio abrigará centros comerciais, hotel, residência, área de lazer e o maior shopping center do mundo. O Burj Dubai vai superar o atual espigão mais alto do mundo, o Taipei 101, em Taiwan, com 509 metros. Dessa forma, o Oriente Médio volta a ter a honra de abrigar a maior estrutura construída pelo ser humano, título que perdeu em 1889, com a construção da Torre Eiffel, em Paris. Até então, o recorde pertencia à Pirâmide de Gizé, no Egito. Atualmente estão na Ásia os maiores edifícios do globo.
*A corrida para alcançar o céu com toneladas de ferro, aço e concreto não é a única prioridade de Dubai. O país possui uma série de outras obras tão espetaculares quanto o Burj. Entre elas estão o The Palm, projeto que pode ser visto do espaço e prevê a construção de condomínios residenciais e hotéis de luxo sobre três ilhas artificiais em formato de palmeiras.
As duas primeiras ilhas, que aumentam em 120 quilômetros a extensão territorial do país, devem ficar prontas até o final deste ano e consumiram US$ 1 bilhão cada uma. A primeira, Palm Jumeirah, é residencial e cada um de seus 17 braços em formato de folha é reservado a uma única mansão. Especula-se que o jogador inglês David Beckham tenha reservado a sua por US$ 1,6 milhão. A segunda ilha, Palm Jebel Ali, é voltada ao entretenimento, com parques aquáticos e restaurantes. Juntas, elas terão 60 hotéis, quatro mil mansões, cinco mil apartamentos e mil casas de praia.
Para Paratristeza dos ecologistas, que afirmam que os 80 milhões de metros cúbicos de areia do deserto e pedras para aterrar as faixas do mar utilizadas nas obras já estariam prejudicando a vida marinha, o xeque Mohammed Bin Rashid Al Maktoum, o homem forte de Dubai, anunciou a construção da terceira ilha paradisíaca, com 14 quilômetros de comprimento e oito mil residências de dois andares. Ainda na onda das ilhas artificiais, a outra empreitada é The World, um aglomerado de 250 ilhas a quatro quilômetros da costa, cujo desenho simula os cinco continentes do globo terrestre e concentra outra leva de condomínios residenciais de luxo.
*Como dinheiro não é problema em Dubai – ali a renda per capita é de R$ 64 mil, contra menos de R$ 10 mil no Brasil –, não faltam idéias mirabolantes. Tanto que os turistas endinheirados poden desde de outubro de 2006, se hospedar no primeiro hotel submerso do mundo, o Hidrópolis .O projeto de US$ 500 milhões tem 108 mil metros quadrados de área construída com restaurantes e 200 suítes totalmente no fundo do mar. Erguido a 300 metros da costa, ele tem 20 metros de profundidade. A ligação com o continente e feita através de um túnel.
Como em um submarino, esses hotéis prometem uma paisagem única para quem tiver a coragem de descer cerca de 18 metros abaixo da superfície --por um elevador transparente! --e dormir em um quarto de paredes de acrílico, entre cardumes e corais.
No Poseidon
http://www.poseidonresorts.com/, nas ilhas Fiji, cada um dos 22 quartos terá uma parede artificial de coral própria, com um sistema que solta alimentos para os peixes.
Basta o hóspede apertar um botão e em segundos centenas de peixes cercam o quarto. Em Dubai, nos Emirados Árabes, o Hidrópolis
http://www.hidropolis.com/será praticamente uma cidade submarina, com 200 quartos. A diária dos hotéis submersos (que devem ficar prontos em 2009) deverá ser tão salgada quanto a água do mar: cerca de US$ 1,5 mil por noite. Mas a idéia é fascinante. E, você, se hospedaria no fundo do mar?
*O principado árabe já sedia o hotel mais caro do planeta, o sete-estrelas Burj Al Arab, no qual a diária custa US$ 1,5 mil. A obra de US$ 6 bilhões tem 320 metros de altura, fica numa ilha artificial a 200 metros da praia e foi erguida sobre pilares fixos a 40 metros de profundidade. O edifício de fibra de vidro revestido de teflon tem formato de vela, restaurante panorâmico semi-suspenso e quadra de tênis. Ali tudo o que brilha é banhado a ouro, do elevador até as molduras dos quadros.
{Vejam a pista de tenis existente no Burj Al Arab, em Dubai. Quando não é usado como pista de tenis é usado como pista de helicóptero. Imaginam se a bola cai e tem que ir a procurar?}
{entrada do hotel}
*Como uma espécie de Disney das Arábias, o Dubailand é outro empreendimento arrojado. Ao custo de US$ 5 bilhões, o parque temático engloba 45 projetos, que vão desde galerias de arte até zoológico, parte com inauguração prevista para este ano.
O mais exótico deles é a maior pista artificial de esqui na neve do mundo, com 320 metros de comprimento e 70 de altura. Tudo em pleno deserto, onde a temperatura pode beirar os 45º C. Como se não bastasse, Dubai quer ser o país do xadrez. Para isso, vai construir a Chess City, um conjunto de prédios no qual cada um terá o formato de uma peça de xadrez. Lá acontecerão campeonatos mundiais de xadrez, com hotéis para abrigar jogadores e centros de recepção. Uma coisa é certa: Dubai ainda reserva muitas surpresas para o Ocidente.
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